quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Coração Cinzento


Por tanto amor
Por tanta dor
Por tanto sofrimento
Hoje, já não sabe
Quem é neste momento.

Caminha perdido
Em dias nublados,
Em noites sombrias
Por montanhas rochosas
Duras e frias,
Pedras Escuras,
Escorregadias.

Sem vida não se movem,
A não ser as areias movediças
Que lá avistou.
Nada se tem a fazer...
Naquela lama, mergulhou.

Pedra, rocha, frio, lama,
Escuridão, nada.
Assim é o coração cinzento.
Já não mais chora
Cessaram-se as lágrimas.

A dor não já não mais incomoda
Sente-se anestesiado.
O coração bate,
Mas não mais vive,
Sobrevive...
Só observa
Sob os escombros
Dos tombos de sua vida.

Dor, já não mais sente.
Se encontra indiferente
Sem rumo, sem tempo
Sem amor,
Apenas tormento.

Tentando se livrar do rancor
Ainda guardado,
Cravado, lacrado
Em seu coração cinzento.

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