sábado, 29 de maio de 2010

Imobilizado...

Quarto crescente...
Cava...
Buraco já é fundo.
Joga a terra para cima.
Ela cai e retorna a seu lugar.
Desesperado, ele continua a cavar...

Lua cheia...
Luz acesa.
Aumenta a esperança.
Nuncaprecisará parar...
Triste engano.
Há limites para a imolação...

Quarto minguante...
Ainda há luz...
Está exausto.
Para.
pensa em sair.
Retorna desesperado, tem medo do que sentir...

Lua nova...
Escuridão e silêncio...
Somente um trapo humano imundo, gemendo...
Seu candelabro, testemunha tristonha se foi para o outro lado.
O frio da morte paira naquela cova.
Se consumiu, sucumbiu a fraqueza, o paradoxo doentio de buscar vida nova.

Nenhum comentário:

Postar um comentário